quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Como comecei a compartilhar a minha cama!

Todo mundo me pergunta como que funciona a cama compartilhada por aqui. Hoje uma amiga me pediu pra contar pra ela a minha experiëncia porque ela só ouviu coisas ruins então resolvi escrever sobre!
Quando a Melissa nasceu, eu não pensei muito nisso! Ela tinha um quarto só pra ela, um berço lindo e invocado, e tudo que ela tinha direito. Mas no começo eu não me sentia segura em deixá-la longe de mim, e por um bom tempo ela dormiu no carrinho do lado da minha cama. Ela amamentava de 3 em 3 horas, religiosamente, eu ficava bem cansada e sempre arrumava formas de dormir ao mesmo tempo que ela mamava. Ela sempre dormia mamando e na medida que foi crescendo, eu percebi que ela conseguia fugir do peito quando não queria mais mamar e fui criando formas de deitar com ela e poder dormir também. Engraçado que nunca pesquisei sobre isso, foi totalmente instintivo. Nossa rotina diária era banho, deitar comigo na cama e mamar até dormir. Eu a colocava no berço depois de apagada, e dormia na minha cama sozinha o primeiro sono da noite. Quando ela acordava, vinha pra minha cama e não voltava mais pro berço. E foi assim. Eu gostava e o marido também. Enquanto eu estivesse na cama com ela, ela dormiiia, e eu aproveitava pra dormir também. A princípio amamentando, mas mesmo depois de desmamar, ela continuava dormindo enroscadinha em mim, na mesma posição de antes.
Então veio a Clarissa, quando a Melissa ainda tinha 15 meses. Nem pensei em fazer diferente. Ela tinha um quarto só pra ela, mas nem achei que ela iria usar tanto assim. Os horários de sono da Clarissa eram bem bagunçados, ela tinha muita dificuldade de dormir durante o dia, pois a Melissa estava sempre a volta brincando e bagunçando, e tirava sonecas mais compridas durante a noite. Ela não conseguia dormir no peito porque mamava muito e precisava arrotar pra se sentir melhor. Eu sempre acabava ninando ela até que adormecesse e a colocava no berço. As vezes que tentei trazë-la pra cama foram desastrosas. A Melissa ainda dormia boa parte do tempo com a gente, e a Clarissa caiu da cama diversas vezes simplesmente porque não a cabia ali. Lembro de me deitar com ela no sofá as vezes que ela adormecia no peito ou de colocar um edredon no chão pra evitar maiores desastres. Além do mais, com 4 meses ela tomava complemento, (esse é um assunto pra outro post), o que tirou um pouco nosso vínculo e aquela necessidade que neném tem de ficar com a mãe (teta). Muito cedo ela passou a dormir no berço dela a noite toda, logo após eu niná-la até cair no sono. Com 1 ano, ela já dormia sozinha, sem nenhum estímulo além da mamadeira.
Mas a Melissa continuava lá, na nossa cama numa boa. E foi assim por muito tempo.
Cada uma tinha seu quarto e a Melissa foi crescendo, nossa cama foi encolhendo e passávamos a noite divididos entre o quarto dela e nosso quarto, dormindo mal, acordando diversas vezes até que desistíamos e nos separávamos, marido e eu, pra dormir cada um num quarto pra que a Melissa pudesse dormir com alguém. Enquanrto a Clarissa dormia sozinha, de portas fechadas no quarto dela.
Decidi colocar as duas no mesmo quarto, assim a Melissa iria acordar de noite, ver que não estava sozinha, e dormiria de novo! E sabe o que aconteceu??? A Mel acordava, pulava pra nossa cama, a Clarissa acordava e via que a Melissa não estava ali e queria vir pra nossa cama também. Ö ilusão!!! Ao invés de uma, agora eu tinha duas que queriam dormir com a gente.
Eu tentei váaarias coisas. Tentei ficar com elas no quarto Super Nanny style. Tentei barganhar alguma coisa! Mas a gente estava dormindo muito mal, não tava dando certo dormir separada do marido e ainda acordar 17267840372 de vezes a noite pra acalentar cria que não quer dormir sozinha.
Um dia, cansada, fechei a porta e deixei a Melissa chorar atéeeee. A Clarissa chorou mas logo dormiu, a Mel chorou, chorou, chorou e vomitou..... Eu quase morri. Choreeeei, chorei, e nesse dia me perguntei: se eu não gosto de dormir sozinha (odeio) porque ela deveria gostar???? E então decidimos levar os colchões delas pro nosso quarto, depois de uma conversa sobre espaço. E o mundo voltou a girar novamente. :o)

Relato do nascimento da Marissa

Meu relato é longo. Fiz questão de escrever cada detalhe pra que eu nunca me esqueça da melhor experiência da minha vida!
Minhas duas outras filhas nasceram por cesárea, portanto, escolher o parto natural não era uma luta somente contra um sistema, mas contra outras vozes que não aceitavam o fato de eu estar assumindo riscos que poderiam tornar algo lindo em trágico. No fundo, eu tinha medo! Mas tinha muito mais vontade! Independente do desfecho, a única certeza que eu tinha era que dessa vez seria diferente. Nós não queríamos vivenciar outra cirurgia. Queríamos VIVER o parto, e acima de tudo, participar dele.
Antes de tudo, escolhi a equipe que me acompanharia. Eu pude contar com uma obstetra que acolheu minhas escolhas e que eu sabia, acima de qualquer coisa, estaria presente no momento respeitando minhas vontades e eu não faria outra cesariana se não fosse mesmo necessário. Então eu estava relaxada demais, e não me preocupei com o parto. Não fiz plano de parto, não quis fazer escolhas de lugar, posição, ou qualquer outra coisa. Eu não queria pensar no parto, pra não criar expectativas, pra não me frustar. Me entreguei nas mãos da Dra Silvia e ali fiquei até o dia que minha pitica nasceu.
Nos reunimos com a doula algumas vezes... E as nossas conversas foram essenciais pra que eu me preparasse pro que estava por vir. A Kelly me transmitia uma segurança em cada palavra, pois além de doula, ela pariu naturalmente 3 vezes! Poxa, ela sabia o que estava falando!!! :o)
Na terça a noite, eu senti umas "contrações". Era uma sensação engraçada, uma fincada no quadril, como se eu tivesse feito muito exercício físico no dia anterior. Eu ria a cada vez q elas vinham. Eram ritmadas, mas nada doloridas. Só me 'descadeiravam'. Acho q meu quadril tá abrindo, pensei. Arrumei as coisinhas da Marissa na mala. Eu havia seguido o conselho da Kelly e deixado pra arrumar tudo qndo o trabalho de parto começasse, pra não ficar ansiosa. (Eu sou ansiosa! Eu quero as coisas pra ontem, quero tudo rápido, quero logo)
Tivemos consulta com a Silvia na quarta pela manhã e pedi q ela fizesse o toque pra eu ter uma idéia de como estavam as coisas... Ela se limitou em dizer que talvez aquelas 'contrações' que senti pudessem ser o início de alguma coisa. A essa altura eu estava com 40 semanas e 4 dias, e a ansiedade tava começando a fazer cosquinha. Naquele dia a tarde, decidi que iria tirar fotos da barriga. Não tinha tirado fotos dessa, e pensei na pobre coitada da terceira filha, q não tem fotos na barriga como as irmãs tem! E marquei as mesmas pra quinta, pela manhã.
Acordei de madrugada com uma cólica forte, fiquei feliz! Voltei a dormir e acordei de manhã sentindo novamente, com ritmo. Marquei o tempo e duração delas. A Kelly havia me dito que se viessem as contrações, eu tomasse um banho quente demorado, e relaxasse. Se elas parassem, era só alarme falso. Avisei o Guigo e fui pro chuveiro. Elas não passaram, mas deram uma espaçada. Olhei pro Guigo e disse q não sabia se ia conseguir ir tirar as fotos. As contrações eram doloridas, mas não insuportáveis. Fomos mesmo assim, afinal, quando elas iam embora, era como se nada tivesse acontecido. Era feriado, 01 de maio. Tentei ligar pra Kelly, e não consegui falar. Mandei uma msg pra Dra Silvia, queria q elas ficassem de sobreaviso.
Nesse dia, íamos nos reunir com a família prum churrasco no espaço da escola. Não queríamos que ninguém soubesse, pra não causar ansiedade em todo mundo, inclusive na gente. Deixamos preparado a malinha da Marissa e as coisas pro parto, piscina, toalhas extras, roupa pra entrar na piscina, entre outras coisas no porta malas do carro, caso as coisas engrenassem, de lá mesmo iríamos. 
Consegui falar com a Dra Silvia que estava saindo de outro parto as 11hs da manhã. Pensei como os nenéns realmente nascem nos feriados, fins de semana, de madrugada. Tadinha.... Família fica de lado pra cuidar da nossa! Ela perguntou se eu queria q ela fosse me encontrar pra me avaliar. Eu tava bem, disse a ela que podia descansar, que qualquer novidade eu avisaria.
O dia correu bem. O Guigo tinha levado a rede e um colchão pra que eu pudesse descansar o máximo, assim estaríamos preparados fisicamente pro que viesse. As contrações vinham de hora em hora, eu dormi, as crianças brincaram bastante, foi um dia muito gostoso.
Qndo voltamos pra casa, crianças na cama, elas voltaram com ritmo de novo. Tomei outro banho, não tive paciência de ficar muito tempo no chuveiro esperando e decidi que ia dormir. Se eu conseguisse, era porque tava longe de ser alguma coisa. Nesse meio tempo a Kelly já tinha ligado pra saber notícias e a Dra Sílvia tbm havia mandando uma msg pra saber se ela podia vir em casa me avaliar.
As 22hs eu deitei. As 00hs acordei com as dores. Agora era dor. Suportável, mas dor. Fui fazer cocô e vi que saiu o tampão.
Liguei pra Kelly e pra Sílvia. Lembro da Kelly me perguntar que q eu estava achando. Eu tava achando q aquilo tava dolorido demais pro começo, eu achei que o comecinho ia ser mais tranquilinho. Mas falei com elas q eu estava bem, que podiam ficar tranquilas, quando apertasse eu avisaria. Acho q eu não queria que elas ficassem comigo por horas a fio, sem necessidade.
Daí pra frente só me lembro de sentir dor e tentar relaxar respirando em cada contração. Queria ficar deitada e me lembrava com pena das mulheres que precisavam parir naquela posição. Ficar deitada doía muito. Eu dançava e mexia o quadril a cada contração, me apoiava na mesa ou no sofá, mas já não conseguia mais conversar ou andar quando elas vinham. Queria gritar um palavrão e dizer que 'saporradoipracarai'! Nessa hora disse pro Guigo: coitada da minha vó, agora entendi tudo! Mas no espaço entre elas, era como se nada estivesse acontecendo.
Acordei minha sogra e pedi pra que ela me ajudasse a arrumar minhas coisas pra levar. Eu ainda não tinha arrumado roupa pra mim que não fosse de banho. O que eu queria mesmo era contar pra mais alguém. Apesar da dor eu tava animada! Tava começando!!! Eu, que mesmo mãe de duas, nunca tinha sentido uma contração antes, precisava falar!
A mãe (minha sogra) já acordou me desesperando, q eu tinha que ir pro hospital logo, q aquilo era dor de neném nascendo, que ela sabia como era, e bla bla bla! "Mãaaae, por favor, preciso da sua calma! Acordei vc pra me ajudar, não pra me deixar nervosa!"
Entrei no chuveiro e só lembro do rosto dela do outro lado do box segurando uma toalha, esperando o desfecho disso tudo. Qndo as contrações vinham, eu ficava em quatro apoios e deixava a água correr nas costas, lá embaixo..... 
Nessa altura, o Guigo já tinha ligado pra Kelly e pra Dra Silvia, q qndo me perguntou de qnto em qnto tempo elas estava vindo, eu só olhei e disse que não dava mais pra contar. Se aquilo não era trabalho de parto, meu amigo, eu não sei mais o q era!
A Silvia chegou as 1:20hs e me perguntou como eu estava me sentindo. Eu estava enjoando muito e esse enjôo era pior q as dores! Ela me avaliou no banquinho e disse q achava que nasceria antes do sol nascer. Aquele toque doeu! Fiquei pensando nas mulheres q são avaliadas a cada hora e ainda tem q ouvir q são frescas! Ela pediu que se eu sentisse vontade de fazer cocô, era pra avisar. Eu já tinha feito tanto cocô nesse tempo, que se saísse mais alguma coisa eu ia ter certeza q tinha até no meu cérebro. Claro q fiz questão de fazer bastante pra ninguém nascer marrom! :oP
Percebi qndo veio a próxima contração que ficar no banquinho, sentada, tbm não era pra mim....
A Dra Silvia quis saber o que queríamos fazer. Eu já não sabia o que queria. O Guigo disse para irmos para o hospital, assim eu ficaria mais à vontade, nós encheríamos a piscina e eu ia poder relaxar melhor. Juntamos mais algumas coisas, joguei um vestido por cima do corpo nu e na saída de casa mais uma contração. Me ajoelhei em quatro apoios e senti a primeira vez vontade de fazer força.
Arrumaram o banco de trás do carro com toalhas e cada movimento do carro no caminho era um martírio. As contrações tinham intervalos muito curtos, e fui todo o caminho tentando achar uma posição menos desconfortável. Disse mais de uma vez pro Guigo que se chegasse no hospital e ainda fosse demorar muito, que ele chamasse o anestesista. Que eu queria anestesia!!! Foram os 15 minutos mais longos de todo o trabalho de parto.
Quando chegamos no hospital ás 3:30hs, a Kelly nos esperava na porta. Só consegui olhar pra ela e me jogar em seus ombros, abraçando forte enquanto vinha mais uma. Pegaram uma cadeira de rodas e eu disse que não precisava. Mas quando veio a próxima, vi que andar estava fora de cogitação.
Sentei, fechei meus olhos e respirava me lembrando de como a Silvia havia me ensinado a controlar o corpo, que franze todo qndo estamos tensos, relaxando cada parte, uma por vez.
No meio do caminho pedi pra Kelly parar pra eu me levantar e esperar aquela passar. Era tudo muito rápido, e intenso e na hora não consegui processar as sensações, mas ali eu senti que ela tinha descido. Senti o quadril abrir, senti que ela tava ali. Minha pitica. Ouvi alguém perguntar se precisava de ajuda, e a Kelly responder q estava tudo bem, q eu estava em trabalho de parto, enquanto eu vocalizava. Não sei quão alto. Não me lembro.
Cheguei no quarto, arranquei o vestido e disse que queria ir pro chuveiro.
Daí pra frente eu só fiz força, muita. Eu queria chorar, eu queria rir, mas não consegui fazer nada. Só respirar. Lembro de apertar o Guigo que estava sentado do meu lado. Tentei ficar em pé algumas vezes, mas não conseguia. Minha perna doía, meu joelho tbm de ficar naquela posição por tanto tempo. Lembro da Kelly perguntar se eu não devia ir pro banquinho, e da Silvia responder que eu gostava daquela posição.
O Guigo dizia pra eu ser forte, fazer mais uma força grande, pra gritar e botar pra fora cada vez q eu segurava a voz. Eu gritei, muito. Era bom, como se liberasse a força. Eu fazia força não só pq tava com vontade, mas porque fazendo força eu mascarava a dor da contração. Quando a força acabava e a contração ainda tava lá, eu fazia um pouco mais. 
Eu pedia pra acabar, eu dizia q estava cansada. Numa dessas, ele me perguntou se eu tava com ódio dele! Disse que estava com ódio de mim! "Idéia de jirico", falei. E nunca vou me esquecer da risada gostosa que a Silvia deu nessa hora!
Ela me disse que se eu tocasse, ia sentir a cabecinha dela. Assim fiz! E senti! E sorri e perguntei pro Guigo se ele queria sentir tbm! Ele quis e sentiu! (Tenho que abrir um parênteses pra esse momento q pra mim foi o melhor. Além de estar ali do meu lado, ele participou comigo. Ele fazer o toque naquele momento e sentir a cabeça da nossa pitica, e sorrir comigo é o que de melhor vou levar disso tudo. A cumplicidade e a intimidade que só um momento como esse proporciona. Mais que tudo que já experimentamos nesses 13 anos).
Quando apontou a cabeça, só um pedacinho, vi um pedaço da bolsa pendurada junto. A Silvia disse pra eu fazer xixi se sentisse vontade! Eu já tinha feito muuuuito! Aquele pedacinho de cabeça ficou assim por um tempo. A Dra Silvia pediu pra ouvir os batimentos cardíacos dela. Fiquei pensando que ela poderia estar sofrendo por estar há tanto tempo naquela posição. Pedi pra alguém tirar ela dali, eu fazia, fazia força e nada da cabeça terminar de sair. Eu tava cansada. Na verdade, eu sentia minhas pernas moles, me sentia descadeirada. O Guigo disse que o meu quadril estava completamente aberto, visto de cima! A Kelly colocava a mão nas minhas costas, onde queimava durante as contrações. 
Num momento, ela disse: chama ela Camila. Fala pra ela vir. Olhei pro Guigo e perguntei: Marissa? E ele deu uma risada! (Até aquele momento, ela não tinha um nome definido. Eu quis Marissa a gravidez inteira, mas ninguém queria. Provavelmente seria Luíza. Mas não consegui chama-la assim nem uma vez. Eu gostava do nome mas ainda não tinha aceitaaaado ele. Ela era a Linguiça, pra rimar com Melissa e Clarissa).
Na mistureba de tudo isso senti ela girar. Mas não tive tempo de falar nem processar nada. A Dra perguntou se eu queria pegar ou se queria q ela pegasse. Naquela posição em que eu estava, achei melhor ela pegar. Mas ainda não tava na hora, a cabeça não tinha saído, certo? Não tinha círculo de fogo, só um ardor.
Mais uma, ou duas contrações, não sei, CATAPLOFT! Escuto a Dra Silvia dizer algo do tipo "uuui, nunca vi um neném sair tão rápido" e eu vi minha pitica, que tinha escorregado, inteira, de uma vez! Sentei e peguei aquela coisinha quentinha, escorregadia, chorando, e falei: é minha! Ninguém vai tirar de mim, ninguém vai levar pra longe! Pode mamar se quiser, pode chorar se quiser! A MAMÃE está aqui! Ás 4:25hs eu pari minha linguicinha!
O Guigo olhou pra nós enquanto tirava fotos e disse: Seja bem vinda Marissa!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Muito mais do mesmo...

Engraçado que tem aqueles dias que você não tem vontade de fazer nada e aqueles que você tem vontade de fazer tudo ao mesmo tempo. Mas com filhos, ufa, a gente quer fazer tudo mas eles querem nossa atenção, e quando a gente quer fazer nada, parece que piora.
Ando praticando um mantra pra não me irritar com as coisas que elas tem vontade de fazer quando eu simplesmente NÃO QUERO! Não funciona, porque sempre me irrito, xingo todo mundo e no final fico super mal porque não queria brigar com elas! 
Porque a gente grita?? Porque a gente se frusta tanto? Que mania de não conseguir atingir as expectativas que eu tenho sobre mim mesma. Mania de querer ser boa mãe, casa limpa, e ainda gostosona pro marido quando é impossível ser tudo ao mesmo tempo.
Fico o dia inteiro querendo que elas durmam pra eu poder respirar e quando elas dormem quero me agarrar nelas e nunca mais soltar! Faz sentido?
Eu tive uma vizinha uma vez que era mãe integral e eu sempre ouvia os gritos e berros que ela dava com os filhos e ficava horrorizada! Nessa época eu tinha uma pequena somente, que não me respondia nem me testava, tinha uma ajudante todos os dias e ainda trabalhava 4 horas por dia fora de casa, que por mais cansativo que pudesse ser, era um descanso dos labores maternos intermináveis. Cada grito que ela dava com os dois filhos de 2 e 4 anos era um tiro no meu peito e minha vontade era de ir na casa dela e dar-lhe uns safanões.
Quando mudei de cidade, já com duas crianças, passei a ficar com elas integralmente. Todo dia aquela rotina da casa, que recomeçava todo dia do mesmo jeito, nunca mudava, nada diferente, "todo dia ela faz tudo sempre igual e sacode as 6hs da manhã." Um dia, gritei com uma delas e me veio na hora à mente essa vizinha. Concluí que nunca gritou com os filhos quem não teve filhos, ou quem nunca experimentou ser mãe 25 horas por dia, 8 dias por semana. Parabéns pra vocë que conseguiu. Ensina aí! ;o)

P.S.: não estou dizendo que é correto gritar com os filhos! Me policio e treino todos os dias pra evitar esse desastre. Só estou dizendo que a gente se excede de vez em quando, e faz parte. Peça desculpas, e move on...

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Por quê mais um blog?

Queria entender qual o meu fascínio por blogs! Penso que a minha intensa necessidade de conversar sobre meu dia a dia me leve a compartilhar coisas on line, a passar as situações imaginando posts, a querer falar sobre esse assunto sem fim!
A maternidade traz com a gente uma solidão esquisita! É um trabalho TÃO e SOMENTE seu! Mesmo que outros ajudem, o peso da responsabilidade é nosso! Aquela culpa de que, mesmo fazendo TUDO, ainda não foi o suficiente! E aquela vontade de jogar tudo pro alto milhões de vezes faz a culpa ser ainda maior!
Então entendo q escrevo pra mim! Meu outro blog, da família deveria ser um diário, mas hahahahahahaa a melhor piada é imaginar escrever diariamente! Haja força e tempo!
E falar em tempo, deixa eu ir que o almoço me espera enquanto tento escapar de um mini ser que me tem como restaurante!
Bjim